25 de fev. de 2009

Quarta feira de Cinzas / Bloco do Condor / Adeus à Carne

Esse negócio de carnaval é muito estranho. Por mais que eu negue minha origem brasileira, por mais que eu ame a cultura de outros países, sempre vem um comichão carnavalesco que me chama para o meio da rua. Nem que seja só meia hora, eu tenho que pular carnaval. Isso já é o suficiente. Ainda mais se for aqueles carnavais de cidade do interior de Minas com a banda de metais tocando marchinhas clássicas como Saçaricando, Cabeleira do Zezé ou Mamãe eu Quero. É muito bom!

O carnaval faz parte do ser brasileiro. É difícil de não gostar. É como ser gaúcho e não tomar chimarrão ou ser mineiro e não comer pão-de-queijo. É lógico que passar 6 dias atrás de um trio elétrico é demais pra mim. Passar o ano inteiro de olho no calendário das micaretas (que aliás eu nunca fui em uma e nem vou) também é o fim da picada. Não tenho nada contra quem gosta do carnaval de Salvador. Mas é que ir até salvador, enfrentar uma multidão, correr atrás de um caminhão e de vez em quando beijar alguém não é o meu modelo de diversão.

Mas os blocos de cidade de interior sim!

Olha eu aí com meu trombone imaginário.

Esse ano saí em um bloco chamado “Bloco dos Condores” em Lima Duarte (é o nome de uma cidade mineira que não tem nada a ver com o ator). O nome do bloco deve vir da expressão “idade do condor: condor nas costas, condor nas juntas...” pois é formado em sua maioria por idosos. Cada ano o bloco tem um tema de fantasia. Nesse carnaval foram todos de pierrot menos eu e minha senhora. Não deu tempo de fazer o pedido da fantasia mas prometemos sair fantasiados no ano que vem.

Logicamente bebi muito. Quase caí domingo a noite. E essa bebedeira me lembrou o verdadeiro sentido do carnaval: a pré-quaresma ou a despedida antes do jejum. E pela primeira vez vou levar isso a sério. Já que eu bebi tanto no “adeus à carne” é o que eu vou fazer: ficar quarenta dias sem beber. Difícil? Pra mim é quase impossível. Mas vou fazer.


É isso...
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